Pulsação Ardente

 

Em cada átomo do ser, teu nome reside,

Um eco quente que no peito não se esconde.

É lava viva, vulcão que em mim decide

A força bruta de um querer que não responde

A outra lei senão a de te ter por perto,

Sentir o raio do teu olhar incerto.

 

Não há sossego quando a lembrança acende

A chama rubra que me queima por inteiro.

A alma em labaredas, o corpo que se rende

Ao fogo sacro, ao doce e eterno cativeiro

Que teus encantos trançam, fio por fio,

No labirinto do meu mais puro anseio.

 

É pulso forte, tambor batendo em brasa,

Ritmo selvagem que a razão não pode acalmar.

Em cada fibra, teu perfume me abrasa,

E a tua ausência é um vazio de penar.

Mas teu retorno acende a mesma centelha,

E o coração em festa outra vez vermelha.

 

Ardente pulsação que me consome e guia,

Farol aceso na escuridão da noite fria.

É a prova viva que em meu peito reside

Um amor denso, que jamais se esconde

Em cada batida, um juramento se expande:

Amar-te sempre, com esta pulsação ardente.

(Gracita Fraga)