Nos trigais secos no ponto de colheita
Eis que brota uma exuberante flor vermelha
É a flor do hibisco que reina solitária
Em meio à palha seca do trigal
A brisa matinal sopra com força e energia
Balança com suavidade a corola atrevida
Com um bailado delicado, a flor rodopia
O vento cismado com aquela alegria
Por detrás da montanha se refugia
O hibisco balança com gratidão
As suas escarlates pétalas
Ainda não foi desta vez
Estou viva em total sintonia
Com os grãos de trigo deste trigal
As horas passam lentamente
As máquinas começam a colheita
Lágrimas vermelhas escorrem da flor
Será chegada a hora da minha morte?
As máquinas passam de lado
Sem sequer arranhar a bela flor
Agradecida dança um bailado
Sou um hibisco, sou forte, sou flor
Neste campo ressequido
Eu reino em beleza e cor
Eu sou a flor do hibisco
A brejeira flor do amor
(Gracita)